O desejo humano
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Imagem.: br.freepik |
Desejo assassinado pela presença
É de natureza humana o desejo, a ansiedade, a insegurança. São três coisas estão ligadas de alguma forma. O desejo humano cresce dentro do ser humano, de sorte que pode até se tornar uma obsessão se não for controlado. Esse desejo pode por vezes pode até mesmo atingir pessoas que nada teriam haver com toda essa emoção criada pela por um " desejo ".
A ansiedade é a consequência do desejo humano descontrolado, que por sua vez, causa problemas psicológicos difíceis de reverter, logo entra a necessidade de ser acompanhado por um bom profissional da área da psicologia. Já a insegurança é o fim da certeza, o início de um fim ou uma simples sensação de ordem estrutural que faz com que a pessoa reaja tal qual segundo seu condicionamento intelectual, espiritual e psicológico; porém, do lado de fora nada está acontecendo de errado, tudo flui dentro do curso normal do mundo convencional.
Portanto, para que se tenha uma estrutura e um domínio sobre as sensações da ansiedade, do desejo humano e da insegurança, se faz necessário ser uma pessoa estruturada em 3 pilares.
- O conhecimento;
- A espiritualidade;
- A imparcialidade.
Cada uma dessas defesas combatem um tipo de problema. O conhecimento neutraliza os efeitos do desejo desenfreado, a espiritualidade neutraliza a ansiedade, anulando qualquer impulso aflorado das emoções, e por fim, a imparcialidade anula a insegurança, porquanto o pertencimento zero nada espera, em nada cria expectativa.
Como Filósofo, eu, Nilo Deyson, quero fazer você pensar, refletir, portanto, fique atento e leiam com atenção e absolve o aprendizado. Quando uma pessoa deseja muito ganhar um presente, comprar um carro, fazer parte de uma instituição, se tornar isso ou aquilo, tudo no início é potência em ação, porém, quando se conquista, quando se toma posse do objeto desejado, logo com o tempo, não muito, nada daquilo trás um gozo, uma ansiedade, uma insegurança, quiçá um desejo.
Quando morre o desejo, aquilo é colocado em um baú e esquecido, fica de escanteio, não é prioridade como foi outrora. O desejo por uma bela mulher, um rapaz elegante, um carro do ano, um objeto, uma posição social, enfim, o desejo é assassinado pela presença.
- O que seria a vida feliz?
- Seria desejar?
- Depois de conquistado, o encanto fica no baú e o desejo é a não presença?
Se o que antes era o desejo pela presença, ao conquistar a presença da coisa, do objeto, da posição, enfim, ao se tornar possuidor do antes desejado, então a presença mata, assassina o desejo, logo o desejo é assassinado pela presença. Nem sempre acontece assim, pois como filósofo eu nunca e jamais defino algo como uma verdade última, logo não generalizo sequer uma coisa universalizada como padrão ou modelo gabaritado, de sorte que pode sim, ocorrer da presença conviver com o desejo em um mesmo tempo e espaço por um tempo longo.
No entanto, ao refletir o tempo, ao refletir o desejo, vejo que o desejo é uma paixão, penso que paixão é um estado de demência que dura um tempo ou dois tempos, quem sabe 18 meses ou pouco mais que isso, depois evapora e desaparece na fumaça da rotina ou por capricho do acaso, se torna amor. Sobretudo, o tempo é mestre em diluir o estado de demência que a paixão provocou em seu turno, logo não há desejo que dure tanto tempo, assim a ansiedade pela presença morre e a insegurança pela não presença dá lugar à confiança do objeto ou da coisa conquistada, podendo esse objeto ou coisa conquistada se rastejar por atenção, atenção essa que não se dá como outrora em tempos de desejo, ansiedade e insegurança pela presença não presente, logo a presença é assassina ao cabo que não deseja mais a presença.
Enfim, reflita sobre sua vida, suas conquistas, seus troféus, suas prioridades passadas, compare com sua vida hoje. Quem afinal de contas é você? Tudo que te encantava morreu? Não, você não estará errado ao dizer que morreu as suas antigas vontades de presença, pelo contrário, estamos em constante mutação, em construção, em evolução como seres humanos. O que eu quero com essa provocação é fazer você compreender que assim como as verdades que você defendia no passado e que hoje em sua evolução você enxerga diferente, você possa também ter a capacidade de respeitar a cada ser humano que ainda passa por esse processo de evolução quanto ao desejo, ao que se refere à ansiedade e a insegurança.
Somos limitados, somos mais de 7 bilhões de seres humanos na terra, portanto, sejamos prudentes, afinal, ninguém no mundo é uma verdade última, um ser por inteiro, pois estamos de passagem e somos todos crianças perdidas na imensidão do universo, onde o fim é a morte de todos os desejos possíveis.
Sei que um dia morrerei, contudo, quero deixar sempre essa mensagem de que a vida é um campo desconhecido, particular e podemos em qualquer tempo e circunstância ver a vida como um verdadeiro espetáculo aos nossos olhos a partir da aceitação e do desenvolvimento da inteligência emocional e da contribuição para que vivamos em paz, de sorte que sejamos leves e capazes de não matar a presença, ainda que exista outras paixões que nos impulsiona ao desejo, ansiedade e insegurança.
Boa Leitura!

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