Miopia em marketing: veja além do produto e conquiste o cliente de verdade
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Entendendo a miopia em marketing
Sabe aquele erro que parece pequeno no começo, mas com o tempo vira um problemão? É mais ou menos isso que acontece com a miopia em marketing. O termo foi cunhado por Theodore Levitt, ainda em 1960, e até hoje faz sentido. Ele se refere ao hábito de algumas empresas de olharem demais para o próprio umbigo — ou seja, focarem só nos produtos que vendem — e se esquecerem de quem realmente importa: o cliente.
Em vez de pensar nas soluções que os consumidores procuram, essas marcas caem na armadilha de acreditar que basta ter um bom produto nas mãos. Resultado? Elas andam em círculos, enquanto o mercado muda de estrada e segue em frente.
Por que a miopia em marketing ainda afeta tantas marcas?
Vivemos a era dos dados, das redes sociais, da inteligência artificial. Mesmo assim, tem muita empresa por aí ainda andando de olhos vendados. Acreditam que entregar um produto bacana resolve tudo. Só que o consumidor atual quer mais. Ele quer se sentir ouvido, entendido, valorizado.
Não adianta enfeitar a vitrine se a experiência lá dentro decepciona. Hoje, quem compra também busca conexão, propósito e solução — e rápido. A miopia em marketing ignora tudo isso. E quando a ficha cai, já é tarde demais.
Como afastar a miopia e enxergar com clareza
1. Coloque o cliente no centro da conversa
Quer uma lente melhor para o seu marketing? Use os olhos do cliente. Pergunte-se: o que ele realmente precisa? Qual dor a minha solução alivia? O que o faz escolher a minha marca, e não outra?
Quando você enxerga o cliente como protagonista e não como figurante, tudo muda. As decisões passam a fazer sentido.
2. Pesquise antes de agir
Achismos são inimigos da estratégia. Quer entender seu público? Pergunte. Escute. Analise. As pesquisas de mercado — tanto qualitativas quanto quantitativas — são bússolas em meio ao nevoeiro. Elas mostram onde seu cliente está, o que sente, o que espera. E, com isso, você para de andar no escuro.
3. Tenha um propósito maior do que o produto
Marcas com alma vendem mais do que itens: elas vendem ideias, causas, pertencimento. O consumidor atual quer se conectar com empresas que falam a sua língua, que defendem algo, que têm um “porquê” verdadeiro.
Não é sobre “parecer” diferente. É sobre “ser” diferente. Marcas autênticas não precisam gritar: elas ecoam.
4. Ouça com atenção... e aja rápido
Feedback é ouro em pó. Mas só vale se for usado. Estimule a cultura de escuta ativa dentro da sua empresa. Desde o SAC até as redes sociais, passando por pesquisas de satisfação e reviews, tudo é termômetro. E se o cliente aponta um problema, agradeça — é a chance de melhorar antes que ele vá embora
Exemplos clássicos da miopia em marketing
Kodak: a oportunidade que passou no rolo
A Kodak foi rainha da fotografia por décadas. E, ironicamente, ela mesma criou a tecnologia de fotos digitais. Mas ignorou o futuro, achando que o filme físico jamais sairia de cena. Resultado? O mundo clicou para frente, e ela ficou congelada no passado.
Netflix x Blockbuster: um duelo entre visão e cegueira
Enquanto a Blockbuster apostava todas as fichas nas locações físicas, a Netflix percebeu que o futuro estava no sofá do cliente. Resultado? Uma virou sinônimo de nostalgia. A outra, de inovação.
Esses casos mostram o que a miopia em marketing pode causar quando a empresa se prende ao que foi, e não ao que pode ser.
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Como fugir da armadilha da miopia em marketing?
Tem marca por aí que ainda olha pro mercado com a cara colada no vidro, achando que o mundo cabe numa vitrine. Fica ali, obcecada pelo próprio produto, enquanto o cliente já virou a esquina. A miopia em marketing é isso: um olhar curto demais pra um caminho que exige visão de longo alcance. Mas dá pra mudar a rota — e começa com um passo simples: abrir os olhos de verdade.
Bote o cliente no palco — e saia da frente do holofote
Não adianta falar que o cliente é o centro da estratégia se, na prática, ele só entra no final da conversa. Colocar o consumidor como protagonista é ouvir com os ouvidos da alma, é sentir a temperatura dos seus desejos mesmo quando ele não diz nada. Não se trata só de saber o que ele quer — é descobrir o que ele ainda nem imaginou que precisa.
Quem entende isso, não vende produto. Entrega sentido.
Pesquisas não são relatórios — são bússolas na neblina
Enquanto algumas empresas tratam pesquisa como um número jogado na planilha, outras enxergam nelas o mapa do tesouro. Porque não se trata só de perguntar, mas de interpretar os silêncios, os gestos, os padrões que se repetem no fundo do gráfico.
É ali, no detalhe que quase passa batido, que mora a chance de acertar na veia. E quando a marca ouve com atenção, o cliente retribui com confiança.
Marcas com alma falam mais alto
Você pode ter a melhor campanha do mundo, o design mais moderno e o preço mais atrativo. Mas se sua marca não tiver alma, ela vai soar como eco num salão vazio. Agora, quando ela carrega um porquê, um fogo aceso no centro da identidade, ela não precisa gritar — basta sussurrar pra ser ouvida.
Gente compra propósito. Compra verdade. E quando sente que encontrou isso, vira fã, não apenas cliente.
Escutar não é só ouvir — é acolher
Tem empresa que até pergunta o que o cliente acha, mas já tá com a resposta na ponta da língua. Outras respiram fundo, mergulham nas críticas e voltam com ideias novas. Escutar de verdade é estar disposto a mudar, é aceitar que nem sempre se tem razão — e que, muitas vezes, a solução tá escondida naquela reclamação que você queria ignorar.
Os melhores insights não saem da sala de reunião, mas sim dos comentários que ardem e incomodam. O ouro tá ali, esperando alguém com coragem pra lapidar.
Olhar mais longe é sobreviver, NO mercado competitivo
A miopia em marketing é uma lente suja que impede a marca de enxergar o que importa. Ela mascara os sinais, embassa o caminho e transforma oportunidades em riscos. Mas pra quem topa limpar os olhos, ouvir o que o cliente não diz e caminhar com os pés no presente e a cabeça no futuro, o mercado deixa de ser um campo minado e vira um terreno fértil.
No fim, não é sobre vender. É sobre pertencer.
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O SEO como lente para o marketing moderno
Assim como empresas míopes ignoram o cliente, há quem subestime o poder do SEO. E isso é tão arriscado quanto.
Hoje, quando alguém quer algo, a primeira atitude é digitar no Google. Se sua marca não aparece ali, é como se nem existisse. O SEO posiciona sua empresa exatamente onde o cliente está: na busca por soluções.
Investir em SEO é mais do que uma técnica. É um gesto de presença. É mostrar que você se importa em ser encontrado quando mais importa.
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Como mudar o jeito de enxergar o marketing?
Comece pelo óbvio que ninguém faz: sinta o que o cliente sente
Empatia não é moda — é direção. Antes de pensar em vender, experimente calçar os sapatos de quem compra. Pergunte a si mesmo: "O que esse cliente tá tentando resolver de verdade?" Às vezes, não é o produto. É o tempo que ele quer ganhar, o problema que ele quer esquecer ou o alívio que procura sem saber.
Marcas que entendem isso não vendem coisas — constroem laços, viram parte da vida das pessoas. E quem pertence, permanece.
Todos juntos, ou ninguém vai
Sabe aquele som desafinado de banda de escola? É o que acontece quando marketing, vendas, atendimento e produto não andam no mesmo compasso. O cliente não vê bastidores — pra ele, tudo é uma coisa só: a sua marca. Se cada time falar uma língua, a mensagem vira ruído.
Alinhar propósito, tom e entrega não é detalhe: é sobrevivência. É como fazer o sol nascer no mesmo lugar pra todo mundo.
Não conte tudo. Conte o que conta
Tem métrica que brilha, mas não serve pra nada. E tem dado tímido que carrega segredos valiosos. Não se perca nos números bonitos — mire naquilo que mostra impacto de verdade: o sorriso do cliente, a volta dele, o jeito como ele fala da sua marca pra alguém.
Medições rasas geram decisões cegas. Quem enxerga o que importa, acerta no alvo sem desperdiçar flechas.
O marketing precisa de novos óculos — e mais alma
A miopia em marketing não chega gritando. Ela vai entrando devagar, apagando as cores, borrando as bordas. De repente, a marca que parecia gigante vira sombra de si mesma, insistindo em vender um produto enquanto o mundo pede significado.
Agora, respire fundo.
Troque a lente. Saia do foco do produto e olhe com os olhos do consumidor. Veja o que ele vê, sinta o que ele sente, e comece a falar a língua do afeto, da confiança e da utilidade real.
Quem faz isso, não cria só campanhas — constrói experiências que ficam. E quando o cliente sente que é visto de verdade... ele fica também.
Tá pronto pra largar a miopia e enxergar longe?
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Matias Júnior
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