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Qual é o papel do CISO ( Chief Information Security Officer)?

 

Crédito de imagem: br.freepik.A.I



Porque toda alta lierança deveria entender o trabalho do ciso?


A segurança da informação deixou de ser um assunto técnico restrito às equipes de TI há muito tempo. Hoje, ela está no centro da estratégia das empresas ou deveria estar. Ainda assim, não é raro ver diretores, conselheiros e até presidentes de grandes organizações tratando temas de cibersegurança como uma “caixa preta”, algo que o CISO deve resolver sozinho. Essa visão, além de ultrapassada, é perigosa. Ignorar ou subestimar o papel do Chief Information Security Officer (CISO) é comprometer diretamente a sustentabilidade do negócio em um mundo onde os riscos digitais são cada vez mais complexos, frequentes e destrutivos.


O papel do CISO evoluiu. Se antes era um gestor técnico de firewalls e antivírus, hoje é um guardião estratégico da reputação, da continuidade e da resiliência empresarial. É ele quem articula ações para prevenir ataques, mitigar danos e, principalmente, antecipar cenários de risco que podem colocar toda a operação em xeque. O problema é que, quando esse profissional não tem o respaldo da alta liderança, ou pior, quando a liderança nem entende sua função. E isso custa caro. Em alguns casos, custa até a existência da empresa.





Não se trata de tornar todos os executivos especialistas em segurança cibernética. O ponto central é compreensão. Entender o básico sobre o que envolve a atuação do CISO permite que diretores de áreas como finanças, operações, jurídico e marketing tomem decisões mais embasadas, considerando os riscos reais que determinadas iniciativas podem trazer. Um simples lançamento de campanha com coleta de dados pessoais, por exemplo, pode virar um pesadelo jurídico e financeiro se não passar pelo crivo de segurança e compliance. O mesmo vale para parcerias, fusões, uso de tecnologias emergentes e até acesso remoto de fornecedores, todos pontos críticos que o CISO enxerga, mas muitas vezes só é ouvido depois que o problema já ocorreu.


Crédito de imagem: br.freepik.dcstudio 




Qual é o papel do CISO ( Chief Information Security Officer) nos negócios?


Quando o CISO é incluído nas decisões estratégicas desde o início, o jogo muda. Ele deixa de ser o "cara do não" e passa a ser o arquiteto da viabilidade segura. Em vez de bloquear ideias, ajuda a moldá-las. Isso exige que os outros líderes também saiam do seu quadrado e se aproximem mais da linguagem da segurança. O conceito de risco, por exemplo, não pode ser visto apenas como um gráfico técnico cheio de siglas. Deve ser traduzido em impacto real para o negócio, algo que os conselheiros e o CEO consigam entender: perda de faturamento, queda de ações, sanções legais, erosão da marca, perda de confiança do consumidor.


Essa ponte entre a segurança e os objetivos da organização é o que permite decisões equilibradas. E não se engane: não existe decisão isenta de risco. Inovar, expandir, cortar custos, terceirizar, digitalizar, tudo isso tem consequências em segurança. Por isso, o papel do CISO não é travar a inovação, mas sim garantir que ela ocorra com consciência e responsabilidade. Quando a alta liderança compreende isso, o diálogo com o CISO deixa de ser defensivo e passa a ser colaborativo. E aí, sim, a organização ganha maturidade.


Outro ponto é o respaldo político. Um CISO pode ter o melhor plano de segurança do mundo, mas se não tiver apoio para implementar políticas, exigir cumprimento de normas ou conduzir investigações internas, tudo desmorona. A cultura de segurança começa de cima. Quando um executivo ignora boas práticas ou trata a segurança como um obstáculo, ele manda uma mensagem direta à organização: “isso não é prioridade”. E a partir daí, o comportamento negligente se espalha como um vírus.


Vale lembrar que, no cenário atual, incidentes de segurança não são uma questão de “se”, mas de “quando”. E a forma como a empresa reage a esse momento define se ela sairá fortalecida ou abalada. Empresas que contam com uma liderança alinhada com o CISO conseguem dar respostas rápidas, éticas e eficazes.


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Em tempos de LGPD, reputação digital e transformação contínua, o CISO precisa ser compreendido. É hora da liderança abandonar o mito de que segurança é “um custo”. Segurança é um valor, um diferencial competitivo e, acima de tudo, um elemento estruturante da confiança organizacional. Ignorar o trabalho do CISO hoje pode ser o erro estratégico que define o colapso de amanhã.



Boa Leitura!



Autor:

Oswaldo Souza 

 Especialista em IA e Defesa Cibernética.


Profissional com mais de 10 anos de experiência em Tecnologia da Informação, especialista em Defesa Cibernética, Inteligência Artificial e Gestão. Colunista, Professor e Pesquisador científico.





 

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