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Dízimo JESUS e DEUS precisa?



Reprodução e divulgação de imagem.: Internet


Trata-se de um tema muito polêmico, onde certamente muitos levam a interpretação de acordo com seu interesse.


Caros (as) leitores (as), sejam bem vindos.

Deuteronômio 14: 22 a 29 fica bem claro que o dízimo nunca poderia ser em dinheiro. Por que Jesus Cristo não deu o dízimo? Por que não aconselhou que se desse o dízimo? Por que a viúva pobre deu uma oferta de tudo o que tinha e não o dízimo? Por que Paulo pedia oferta e não dízimo? Onde está escrito na Bíblia que o dízimo é para evangelizar? A Bíblia, a meu ver, não deixa dúvidas: o dízimo era ofertado simbolicamente a Deus e na prática era entregue aos levitas, para seu sustento. Em algum momento Deus mudou esta ordenança? Deus, por acaso, disse: “Quando não houver mais levitas o dízimo deverá ser dado à igreja mensalmente e em dinheiro”? 



A passagem bíblica favorita das igrejas em geral é a que está no livro de Malaquias, só que lá não se fala em dinheiro e sim em dízimo. Quando Jesus Cristo criticou os fariseus porque davam o dízimo e não faziam nada pelo próximo.


"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas.
Mateus 23:23 




Realidade nos nossos dias


Mas qual a realidade nas igrejas cristãs dos nossos dias quanto à contribuição dos crentes?



2.1 - No catolicismo o dízimo já foi praticado, mas passou à história e já nem se fala no assunto. Os fiéis contribuem livremente, sem nenhum controle da instituição, guiados somente pela sua consciência.



Pessoalmente, penso que esta atitude está correta. Só que a rigidez do cumprimento do leccionário, na prática acabou por formar um “novo cânon” do cânon, com as passagens do leccionário, que impede o sacerdote de abordar outros temas mais de acordo com as necessidades das igrejas e nunca se fala em contribuição nos cultos dominicais. Tenho reparado que ao tirarem a contribuição, muito poucas são as notas. A grande maioria dos fiéis deita pequenas moedas. Sou a favor da contribuição livre, mas responsável e consciente, o que julgo não estar acontecendo.



2.2 -Nas igrejas evangélicas, principalmente de origem ou influência norte-americana, o dízimo é a principal doutrina, pregada em quase todos os cultos.

2.3 - Nas igrejas do protestantismo histórico, a contribuição está de acordo com os ensinos do primitivo cristianismo. É voluntária e de acordo com a consciência individual.



Mas, semelhantemente ao que acontece no catolicismo, seguem o leccionário, que tem certamente suas vantagens, mas também o inconveniente de alguns temas importantes nunca serem abordados nos cultos principais dos domingos, como é o caso da contribuição.



Esta é uma falha que por vezes tem dado origem a que a tentem colmatar com outra falta bem mais grave ao adaptar a lei veterotestamentária do dízimo, como aconteceu na maior parte das igrejas do Brasil. Até igrejas sérias e respeitáveis se desviaram da doutrina reformada inicial, ao aceitar a Lei de Moisés sobre o dízimo, por motivos econômicos.



Devemos também citar o caso de igrejas que, embora afirmando que a Lei do dízimo não está em vigor, têm todo o culto baseado em passagens veterotestamentárias,( Relativo aos livros da Bíblia que correspondem ao Antigo Testamento ),sobre o dízimo como as referências às pragas dos gafanhotos e promessas de prosperidade para quem for dizimista, bem como testemunhos de prosperidade para quem der as maiores ofertas. Tal tipo de pregações têm em vista incentivar a contribuição pelo terror ou desejo da prometida prosperidade. As verbas arrecadadas são geralmente encaminhadas para os vencimentos dos pastores e construção de igrejas (edifícios). 


Visão Espírita 


Apóstolo Paulo falou sobre o dízimo e explicou que este deveria ser uma ação de amor, generosidade e alegria: "(...) CADA UM CONTRIBUA SEGUNDO TIVER PROPOSTO NO CORAÇÃO, NÃO COM TRISTEZA OU POR NECESSIDADE; PORQUE DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA (...)"- (2Co 9.6-90). E é este o entendimento do espírita para o dízimo, uma doação espontânea em dinheiro e/ou trabalho. Sem definição de quantidade (10%), as doações devem ser segundo o desejo de cada um.


Os frequentadores e trabalhadores de um Centro Espírita sabem das dificuldades para manter uma casa espírita. Por isso, os que entendem a importância do trabalho que o Espiritismo realiza, contribuem mensalmente com pequenas quantias que são de grande valor para as contas da casa. E ninguém é tão pobre que não tenha algo para doar. Se a doação for em dinheiro, este deve ser usado na manutenção da casa espírita (água, luz, produto de limpeza e higiene, copinhos que utilizamos no passe, etc.), no material que ajudará na divulgação e entendimento do Evangelho segundo a visão espírita (panfletos, jornais, rádio, TV, etc.), mas principalmente no auxilio aos irmãos mais carentes de qualquer religião (remédio, roupa, cestas básicas, etc.). 


Discordam em guardar o dinheiro “DO SENHOR” em poupança e aplicações diversas enquanto há tantos irmãos necessitados de auxílio. Também não achamos correto usá-lo para viver. Entendemos que o dinheiro é para a obra do “Senhor” e não para a obra dos “senhores” que falam do “Senhor”. Os trabalhadores espíritas são voluntários sem remuneração material, só espiritual. Temos como exemplo Chico Xavier. Este viveu do salário de seu trabalho como servidor público. Todo dinheiro da venda dos livros psicografados por ele era e ainda é destinado a obras de caridade. Tudo registrado em cartório.

Cabe a nós respeitarmos a opinião alheia. Nunca divergir ou julgar. 





Um grande abraço em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.







Autor .:

 Márcio Gonçalves


Bacharel em direito. 
MBA em MKT pela FGV.
20 anos de Multinacional na área comercial e grandes empresas do Brasil, tendo trabalhado na área de saúde, varejo e consultoria empresarial e colunista espiritualista
Celular: (16) 98228-6510



     




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