Filosofia em Sêneca com filósofo Nilo Deyson Monteiro
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“Dramaturgia Senequiana: Um Olhar Sobre a ‘Medeia’, ``De Eurípedes e a De Sêneca”.
Todas as fontes de conhecimento são importantes para o seu desenvolvimento. Aqui eu trago uma leitura leve e construtiva. Um dos últimos dramaturgos de tragédia importantes, em Roma, Sêneca (Lucius Annaeus Seneca), tinha suas peças inspiradas, nas gregas, sobretudo, em Eurípedes. Além do destaque, na dramaturgia, Sêneca foi um importante filósofo, que, baseado no estoicismo, se preocupava com a educação dos romanos, tendo influenciado o pensamento da pedagogia ocidental.
Em uma época na qual as tragédias já não eram mais o grande foco das encenações, Sêneca se destaca, na dramaturgia, sendo “Medeia” uma obra importante para a compreensão do pensamento senequiano. A partir da comparação com a “Medeia”, de Eurípedes, importante dramaturgo grego do século V a.C., é possível observar de que forma Sêneca apresenta a originalidade de sua obra, mesmo se baseando, em uma história já contada e uma lenda bastante conhecida.
Sêneca teve sua vida, em Roma, entre os anos 4 a.C. e 65 d.C., durante os governos de Augusto, de Tibério, de Calígula, de Cláudio e de Nero, tendo tido uma relação conturbada com a maioria desses imperadores. Acusado de adultério com uma irmã de Calígula, é exilado, já no império de Cláudio, no ano 41. Retorna, em 49, para se tornar tutor de Nero, estabelecendo uma relação que duraria anos e que, no entanto, terminaria com uma ordem de suicídio, após Sêneca tentar romper de vez os laços com o imperador.
Além de “Medeia”, peça da qual falaremos logo adiante, Sêneca escreveu outras obras trágicas, como por exemplo “Édipo”, inspirada em Sófocles, “Fedra, Tiestes e Agamêmnon”. Não foi, no entanto, apenas pelas tragédias que ficou conhecido, tendo-se dedicado também a outros gêneros, como os “diálogos”, com características de ensaio e de carta, com princípios morais e éticos nos quais acreditava para o cidadão romano.
Nesse período histórico, já após a forte influência do helenismo, o pensamento romano agregava visões que não se restringiam à forma de viver, na Grécia, mas que sofria influência de outros países e também uma consolidação da consciência da própria organização romana, somado ao orgulho de ser um grande império. Vejamos uma passagem de José Joaquim Pereira Melo
Na fase inicial, por estar sob a tutela do pensamento grego, o helenismo ainda considerava a razão como solução para os problemas do homem; mas, ao longo do tempo, com a fusão entre os valores gregos e as mais diversas tradições culturais, foi ocorrendo um rompimento com a filosofia racional. Nesse novo cenário, o cidadão era concebido como um ser que estava impossibilitado de interferir na vida da pólis; o homem deixara de ser o animal político que participava ativamente dos destinos da cidade. Nessa forma de entendimento, a vida pública era substituída pela vida privada. As preocupações coletivas cediam lugar às preocupações individuais. (MELO, 2003)
Assim, a partir desse pensamento, a vida pública não era necessariamente mais importante do que o olhar individual sobre si mesmo, enquanto cidadão. Havia o objetivo de libertar o indivíduo do que era considerado ruim à vida, levando-o a saber superar os obstáculos a partir da consciência individual, que, ao mesmo tempo, se relacionava com uma visão universal do que é ser um cidadão.
Também sob influência desse pensamento, Sêneca pautou sua filosofia, na corrente estóica de Zenão (cerca de 490/485 a.C. – 430 a.C.), sendo esse um dos principais embasamentos para sua visão do indivíduo, que deve caminhar a partir de si mesmo para se tornar um ser humano melhor.
A partir do estoicismo, a filosofia senequiana se baseou, na ideia de seguir a ordem natural das coisas. Já havendo a ideia do ser humano como um animal racional, nada mais coerente do que seguir a natureza, ou seja, a razão. Para isso, era preciso encontrar em si mesmo esse caminho, mas não sem ajuda, tendo sempre um mentor que pudesse guiar nesse processo de autoeducação, em busca da regeneração da alma humana, através da razão:
Para ele a filosofia é a via para a virtude (uirtus), que identifica com o soberano bem. O homem deve preocupar-se, acima de tudo, com esta caminhada em direção à virtude (uirtus). Para isso tem de aceitar o que a vida lhe traz e submeter-se apenas à razão (ratio), de forma a manter a tranquilidade de espírito. Porque o sábio deve conduzir os que o rodeiam à virtude, a participação nos assuntos públicos constitui um excelente meio de ajudar um maior número de pessoas. Foi o que procurou fazer ao educar e aconselhar Nero e, mais tarde, perante as atrocidades do imperador, não podia senão afastar-se, pois o sábio, quando já não pode ser útil, tem de, pelo menos, salvaguardar a sua pessoa. (SOUSA, 2013)
Uma sugestão aqui do amigo Nilo Deyson, aos leitores, é que vocês possam pesquisar nas referências que coloco para aprofundar no que estão absorvendo aqui conosco. A educação surge aqui como um método pedagógico para seguir o caminho do bem e da virtude para a alma humana, sendo preciso se dedicar à razão e se afastar das questões do corpo. De acordo com essa filosofia de Sêneca, a paixão, a raiva e outros sentimentos que partiam apenas da sensibilidade e do corpo poderiam atrapalhar esse processo de autoeducação, assim, não deveria haver excessos de emoções. Nota-se aqui uma influência platônica, no que diz respeito à divisão entre o mundo sensível e o mundo das ideias:
De fato, este nosso corpo é para o espírito uma carga e um tormento; sob o seu peso o espírito tortura-se, está aprisionado, a menos que dele se aproxime a filosofia para o incitar a alçar à contemplação da natureza, a trocar o mundo terreno pelo mundo divino. Esta a liberdade do espírito, estes os seus vôos: subtrair-se ocasionalmente à prisão e ir refazer as forças no firmamento! (Cartas 65,16, apud MELO, 2003
Tais ideias influenciaram diretamente os pensadores da Idade Média, que recorreram à Antiguidade para respaldar suas ideias. Como Santo Agostinho, que foi um dos primeiros desse período a sugerir que o cristão deveria voltar para si mesmo a fim de se encontrar com Deus. Montaigne aparece mais tarde, trazendo a importância da "escrita de si" para o encontro consigo mesmo
A valorização exacerbada da razão retorna, no Iluminismo, com Kant, por exemplo, que sugere que o nosso olhar passe pelo filtro da razão, a fim de iluminar verdadeiramente o pensamento. Para Sêneca, a razão precisa corrigir a alma para o caminho de sua regeneração. A razão leva o indivíduo ao caminho da virtude, sendo esta essencial para suportar os desafios e obstáculos da vida, pois o estoicismo traz a ideia de aceitar as condições da natureza, da vida, ou seja, não se voltar contra elas, mas sim saber lidar racionalmente com o que surgir. Ideia que o próprio Sêneca apresenta em uma carta escrita a Lucílio: “[...] não que as dificuldades sejam desejáveis, mas a virtude é desejável, pois nos permite pacientemente suportar dificuldades.” (Carta 67)
Como dito anteriormente, Sêneca foi o último grande autor de tragédias de Roma, sendo de grande importância para o teatro, para a literatura e para a filosofia, até a atualidade, pois as características de suas obras foram de um diferencial marcante. Em primeiro lugar, suas peças, em comparação com as gregas, não eram feitas para a encenação dramática, mas sim para a declamação, por estar em um momento histórico no qual quase não havia mais encenações, sendo as peças exibidas para uma pequena elite nobre, que tinha acesso aos antigos mitos helênicos. Justamente, por isso, as personagens apresentavam longos monólogos, e os diálogos costumavam ser bastante estáticos. “A despeito de alguma coincidência temática, as de Sêneca possuem características próprias e são marcadas [...] por uma retórica apuradíssima – afinal o autor era um grande orador [...]” (MARTINS; 2009).
As diversas tragédias senequianas abordavam temáticas diferentes entre si, e o objetivo era demonstrar de maneira direta como as emoções excessivas eram prejudiciais e um obstáculo para uma vida plena e equilibrada. Há, também, a ausência de clímax, em suas obras, porque todo o enredo se alicerça, em um desfecho óbvio, tudo é previsto e anunciado, desde o início da leitura. Suas peças são lineares e monótonas, o que reforça a teoria de que eram feitas para a declamação e não para a encenação. Zélia de Almeida Cardoso, em sua obra, Literatura Latina, reforça essa teoria:
No que diz respeito à progressão de ação, as peças de Sêneca se diferenciam das Gregas. Enquanto estas são bastante movimentadas, as latinas são, até certo ponto, estáticas, fato que reforça a impressão de que foram escritas para a declamação e não para a encenação teatral propriamente dita. À falta de movimentação se acrescenta a falta de clímax. Na maioria dos casos a situação é crítica desde o início; a catástrofe não acontece como algo inesperado, mas como realização de uma previsão. (CARDOSO, 2011)
Uma das razões possíveis para esse tipo de construção textual deve-se à sua filosofia estóica, que prezava pelo equilíbrio de tudo, dessa forma, pode notar-se que a “tragédia anunciada” de suas personagens deve-se justamente à sua falta de equilíbrio, seus ímpetos levam sempre à desgraça e não existe a necessidade de reviravoltas ou surpresas, na trama, pois as ações das personagens as guiam para um único desfecho possível, que nas obras de Sêneca são marcados pela sanguinolência - uma característica interessante, pois para compensar a falta de ação, Sêneca descrevia com uma riqueza de detalhes as cenas carregadas de violência. A leveza dos mimos e das comédias estavam em voga, naquele período, o que diminuía ainda mais o espaço das tragédias, que exigiam retórica e eram austeras, em demasia, ao mesmo tempo, os episódios circenses, violentos e espetaculares também disputavam espaço com o teatro, o que diminuía ainda mais a importância desse tipo de obra para o público de sua época. Sêneca escrevia para um público muito restrito e, como recurso para manter as atenções para sua obra, abusava de imagens viscerais e grotescas; como a cena na qual Medeia corta a garganta de seu filho e joga aos pés de Jasão.
As personagens de suas tragédias são detalhadamente caracterizadas, por conta da característica das obras, e em seus monólogos é perceptível a riqueza, durante as suas composições. Suas personalidades e psiques tão diferentes entre si demonstram o quão detalhista e atento era o autor durante seu trabalho de escrita. É possível perceber, durante a leitu ra de suas peças as minúcias de seus pensamentos e de seus conflitos internos, o que é inerente em suas personagens mais marcantes. Zélia de Almeida Cardoso, obra já citada, explica a construção dos caracteres presentes, nas figuras trágicas das peças senequianas:
"Um dos maiores méritos do escritor reside nas construções das personagens. Sêneca é mestre na arte de compor figuras dotadas de grande vigor. O acento intencional dos traços de personalidade faz com que algumas das personagens se assemelhem a grandiosas caricaturas trágicas. (CARDOSO, 2011)"
Dentre as múltiplas características dessas personagens, existe uma particularidade que é muito presente e que as tornam únicas: o constante estado de conflito em que elas se encontram, a luta interna entre razão e paixão, ou seja, o confronto entre o que faz delas inerentemente humanas, segundo a filosofia estóica e o que as afasta de sua humanidade, os sentimentos exacerbados. Para Sêneca, esse conflito era o que marcava sua filosofia e estilo de vida, e a catástrofe era a única consequência possível para aqueles que rendiam-se às paixões extremas. Nesse contexto, podemos compreender que o teatro senequiano também possuía um caráter didático e pedagógico. É possível compreender essa construção das personagens senequianas analisando mais um trecho de A Literatura Latina, de Zelia Cardoso:
Um dos traços que caracterizam as figuras de Sêneca é a luta que se lhes trava, no mundo interior, entre a razão e as paixões. [...] A catástrofe não é provocada por forças estranhas ao ser humano, exteriores e superiores. Desencadeia-a o próprio homem no momento em que cede às paixões. (CARDOSO, 2011)
Outro ponto de destaque das tragédias senequianas é a caracterização cuidadosa de personagens femininas. Todas as mulheres encontradas em suas 9 peças possuem diferenças marcantes entre si e são ricas, em detalhes e nuances. Dentre elas, destacaremos Medeia, a feiticeira bárbara do reino de Cólquida e companheira de Jasão. Durante o mito dos Argonautas, com suas facetas e com suas motivações únicas, Sêneca utiliza de uma linguagem única e de sua forte capacidade de retórica para construir, não apenas, uma personagem rica, em seus caracteres, mas também, como uma ferramenta crítica à sociedade de sua época.
Medeia: de Eurípedes a Sêneca
Sêneca era um grande leitor das tragédias helênicas e se inspirou, nos grandes tragediógrafos da antiguidade, como Sófocles e Ésquilo, mas quem mais influenciou na escrita senequiana foi Eurípides, que viveu, na Grécia, no século V a.C. Dentre as inúmeras obras que o filósofo romano emulou de seu antecessor, estão: Héracles (que para Sêneca ficou “Hércules Furioso”), “As Troianas”, “Hipólito – Fedra”, “As Fenícias”, “Medeia”, que daremos enfoque, no presente artigo.
Apesar de emular a temática e as personagens, existem semelhanças e diferenças fundamentais, em ambas as obras (“Medeia”, de Eurípedes e de Sêneca), que vão muito além do contexto de época e do social de cada um. As semelhanças principais estão no enredo e no contexto das obras. Ambas se passam anos após a fuga de Jasão e Medeia de Ioclos, depois do assassinato de Peleias; nas duas versões, o herói abandona a feiticeira e seus filhos a fim de se casar com Creúsa, filha do rei Creonte, e este, temendo a ira da bárbara, a exila, com as crianças, mas em um momento de piedade, o rei lhe dá um dia, que Medeia o utiliza para elaborar sua vingança contra aqueles que a traíram.
As principais marcas, no entanto, estão na diferença, entre os autores, que carregam em si suas visões de mundo em relação ao contexto em que as peças estão situadas. Eurípides, no contexto grego, utilizava-se dos recursos dramáticos, tendo em vista que elas eram encenadas; já Sêneca, como foi dito anteriormente, tinha suas peças escritas, em prosa, e eram construídas para a declamação, abusando da retórica, da ironia e das metáforas, além dos discursos violentos e efeitos brutais.
Fato importante para a compreensão das Medeias – senequiana e euripidiana – é compreender o contexto no qual as mulheres estão inseridas, nas sociedades, gregas e romanas. Na Grécia, as mulheres não gozavam de nenhum direito, ficando confinadas, quando oriundas da nobreza, no gineceu, no qual passavam praticamente a vida toda, não havia participação do sexo feminino, no funcionamento da Pólis, tendo em vista que não se considerava a mulher como cidadã, ocupando quase a mesma posição social de crianças e escravos, sendo pouco mais do que uma reprodutora; em Roma, apesar de ainda não haver igualdade, as mulheres possuíam uma participação mais ativa, na vida cotidiana, e, no caso das casadas – ou matronas, como eram chamadas – tinham um grau razoável de autonomia, na manutenção do lar, se comparada com as gregas. Nesse contexto, vale citar o trabalho “Medeias: a caracterização da personagem feminina, nas tragédias de Eurípides e Sêneca”, de Giovana dos Santos e Marisa Silva, em seu trabalho nos ensina que:
Na sociedade grega, a mulher era um símbolo de fraqueza; não podendo ter os mesmos direitos dos homens e nem podendo realizar a mes mas funções sendo considerada um ser inferior. [...] Em todo o caso, as mulheres, as crianças e os escravos não eram considerados cidadãos. Eram membros da família (mulheres e crianças), mas só indiretamente é que eram membros da cidade [...] (SANTOS; SILVA; 2007)
Algumas diferenças de destaque também aparecem durante a narrativa: em Eurípides, quem dá início ao prólogo é a ama, figura muito importante nas tragédias gregas; em Sêneca, todavia, é dada voz à própria Medeia, que lamenta sua situação e suas desgraças, por causa da traição de seu amado. Esse ponto é de grande importância, pois senota que a obra de Eurípides é mais completa e cheia de recursos teatrais, já a de Sêneca, por ser mais voltada para a leitura, tem diálogos mais diretos.
Na obra de Eurípides, a fim de expor a verdadeira natureza da mulher e, também para criticar a estrutura da polis, o autor utiliza Medeia como uma mulher bárbara e livre das limitações da moral grega, pois elas dificilmente seguiriam um rumo tão extremo, pois, frente a esse tipo de situação, seriam devolvidas aos seus pais, em caso de abandono marital. Nota-se então que, ao se valer de uma mulher não-grega, Eurípides demonstra que a verdadeira natureza feminina reside nos princípios mais brutais e imperdoáveis da sociedade humana. Medeia euripidiana é vingativa, maquiavélica e usa sua inteligência para se vingar de Jasão, além de ser altamente consciente das injustiças cometidas, seu ódio a move, em seus atos. Dessa forma, Eurípides enfoca sua crítica social, quanto à estrutura da sociedade grega.
Medeia, de Sêneca, no entanto, têm motivações distintas; apesar da traição, ela ainda se demonstra apaixonada pelo líder dos Argonautas, o objetivo de Sêneca é expor sentimentos extremos, portanto, para fins de recurso retórico, sua personagem é menos inteligente e movida puramente pelo amor que ainda sente. Diferentemente, também, no seu primeiro encontro com Jasão, Medeia senequiana quase é convencida, quando este afirma que tudo o que estava fazendo era pensando, no seu futuro e no de seus filhos, ao melhorar sua posição social dentro da sociedade grega e, para tal, tinha a necessidade de contrair votos com a princesa Creúsa. Por não ser tão inteligente quanto a outra versão, Medeia é, constantemente dominada pela cólera, outro extremo abominado pelo tragediógrafo romano.
A cena mais dramática de ambas as versões reside, no infanticídio, o momento extremo no qual a feiticeira de Cólquida executa seus filhos com o objetivo de concretizar seus planos, em ambas as obras, essa cena está presente, o que muda, porém é a motivação de ambas as mulhe- res e é, nesse contexto, que as duas obras demonstram-se tão distintas: a versão de Eurípides tem como objetivo puramente a vingança contra Jasão, esse é seu ato triunfal contra aquele que a traiu, mas ela não acontece de maneira dramática, ou seja, não é visto o momento em que Medeia mata as crianças; já em Sêneca, Medeia comete esse ato como última prova de seu amor completo e infinito por Jasão, ou seja, para ela, o que deve ser vitorioso é seu amor pelo herói e ela vai até às últimas consequências para expor esse sentimento; em seu último ato de loucura, é onde reside a tragédia senequiana, a vitória de uma grande paixão em detrimento do pensamento racional e do equilíbrio.
Boa Leitura!
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