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Os Sofistas e a Retórica


Crédito de imagem: br.freepik


Aqui neste artigo eu pretendo oferecer uma visão clarificando os pontos essenciais sobre o tema, portanto, se trata de uma visão sobre os sofistas e a retórica.



 Como Filósofo, quero partilhar minha visão a respeito. Uma pequena observação é o fato de que o que aqui trago, é de interesse de líderes, palestrantes e pessoas que utilizam da oratória.



Coube aos filósofos sofistas, no século V a.C., a função de justificar o ideal democrático. Foram eles que elaboraram teoricamente e legitimamente o ideal democrático da nova classe em ascensão, a dos comerciantes enriquecidos, os quais, desde que fossem cidadãos da polis, tinha direito ao exercício do poder. À virtude ( areté ) da aristocracia guerreira opuseram a virtude do cidadão: a principal delas é a justiça. Enquanto na aristocracia predominava basicamente a areté ética, restrita à excelência do nobre guerreiro, no novo modelo a justiça tornou-se política e mais objetiva que a anterior, pois o critério do justo e do injusto sustentava-se na lei escrita, válida para todo cidadão.



A exigência atendida pelos sofistas não era apenas de ordem teórica, mas também prática, voltada para a vida. Por esse motivo penso que talvez, ser esse o motivo eles exerceram influência muito forte, vinculando-se à tradição educativa dos poetas Homero e Hesíodo.



Como mestres da nova a areté política, os sofistas recorreram à retórica, que é a arte de bem falar, de utilizar a linguagem em um discurso persuadido. É bem verdade que essa educação não se destinava ao povo em geral, mas à elite intelectual, àqueles bons oradores que poderiam, nas assembleias públicas, fazer uso da palavra livre e pronunciar discursos convincentes e oportunos. Com o brilhantismo da participação no debate público, deslumbravam os jovens do seu tempo. Os sofistas desenvolveram então o espírito crítico e aprimoraram a expressão.



A noção de virtude como virtude política, penso, era vista pelos sofistas sobretudo como aptidão intelectual e oratória, o que nas novas condições do século V era o decisivo. “ É natural que encaremos os sofistas retrospectivamente pelo ponto de vista cético de Platão, para quem o princípio de todo conhecimento filosófico é a dúvida socrática sobre a possibilidade de ensinar a virtude. É porém, historicamente incorreto e inibe toda a compreensão autêntica daquela importante época da história da educação humana sobrecarregá-la de problemas que aparecem apenas numa fase posterior da reflexão filosófica. Do ponto de vista histórico, a sofística é um fenômeno tão importante como Sócrates ou Platão. Mas: não é possível conceberê-los sem ela.



Por que então Sócrates e seus discípulos acusavam os sofistas de superficialidade e de pronunciar um discurso vazio? Talvez essa fama se devesse à excessiva atenção de alguns deles ao aspecto formal da exposição e à defesa das ideias, sobretudo quando enfatizavam a persuasão e não a verdade da argumentação. No entanto, é preciso lembrar que a depreciação deles, levada a efeito por Sócrates e Platão, ajudou a manter a imagem caricatural dos sofistas.



 A boa oratória deve encantar, garantir o convencimento por meio de um bom argumento, vindo da realidade e agasalhado de saber, domínio e riqueza verbal, bem como de efeito que convença os ouvintes.



Boa Leitura!



Autor.:
 

Nilo Deyson Monteiro


FILÓSOFO, ESCRITOR & POETA - Acadêmico da Academia Pedralva Letras e Artes, ocupante da cadeira n°17 🖋🌿📚⚖ - pesquisador e colunista.
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