Sobre o feminismo
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Crédito de imagem: br.freepik |
Porque quando falamos de feminismo não estamos falando de um sentimento ou algo como “ser simpatizante”. Você não se sente feminista porque concorda com uma premissa ou duas do movimento e nem se torna feminista porque comprou uma camiseta ou fez uma tatuagem feminista. Não se trata de uma crença que se baseia no que “você acredita ou não”, ou conclusões baseadas em experiências pessoais, individuais ou até subjetivas. Feminismo também não é religião, grupo de terapia que alivia e consola, nem ao menos de torna uma pessoa melhor ou diferente; não é uma seita que possui líderes nem dirigentes ou chefes; outra pontuação bem engraçada: o feminismo nada tem a ver com pelos.
Eu posso ser uma mulher hétero, branca, com alto poder aquisitivo, religiosa, com filhos, casada, dona de casa, com cabelos tingidos e ser feminista. O feminismo não quer dizer respeito sobre uma mulher ou outra. O feminismo nada mais é que ações organizadas de mulheres (atualmente até alguns homens) contra um sistema que as oprime e a feminista é a mulher que atua organizada com outras para combater esse sistema.
O feminismo preza pela liberdade feminina e isso nada tem a ver com estereótipos dadas às militantes transformando-as em “bruxas” da sociedade. É a atuação constante para o desmantelamento da estrutura opressora.
Há tantos motivos para que comecemos a aprender e ensinar mulheres a defender-se ativamente, que torna-se urgente a luta por leis e medidas para o avanço de pautas que vão trazer mais equidade para mulher na sociedade, acabar com os mecanismos de socialização de crianças, proteger mulheres das violência masculina, acabar com a exploração reprodutiva e do trabalho doméstico.
Manter isso em mente, e também no coração, é muito importante porque essa o feminismo é uma luta travada por mulheres e para mulheres. E mulheres são pessoas. Como as dificuldades próprias da nossa socialização como a rivalidade feminina, o abuso de empatia, a insistente maternagem de homens, que tanto dificultam a manutenção de uma prática organizada.
E quando falamos em uma não soltar a mão da outra não significa que vamos passar pano para erros de caráter, ideológicos ou políticos que ocorrem na sociedade independente de sexo; não soltar a mão é garantir que todas nós somos livres para nossos escolhas e também as consequências da mesma.
Boa Leitura!!
Fernanda Colli

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