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Portadores do conhecimento

  

Crédito de imagem.:  freepik



" A posse de conhecimento não mata o senso de deslumbramento e mistério. Não é o conhecimento, mas o ato de aprender, não a posse mas o ato de chegar lá, que concede satisfação, onde em um coração com discernimento, há sempre mais mistério. - Filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha "

 


O que há de novidade neste mundo para se aprender? Tudo quanto existe hoje, não cabe em uma memória só, nem os mais estudiosos e aplicados pesquisadores, cientistas, filósofos podem empregar em si, todos os saberes existentes. O que é necessário então? Domine pois, todas as técnicas e teorias possíveis, no entanto, quando encontrardes um coração humano, sejamos, também, um simples coração humano. Não é preciso muito para ser feliz na vida, entretanto, se deseja alcançar patamares maiores no sentido de conhecimento, é indispensável o estudo permanente, pesquisas permanentes e um tipo de sacerdócio acadêmico.

 

Não queira ser mais inteligente que os outros para seu próprio ego, antes, queira ser uma referência no sentido dos saberes dos quais você aplica seu tempo em estudar. Um bom profissional deve ser referência, especialista daquilo que domina, inclusive, ser simples e humilde, sem alardes. O silêncio é a alma dos sábios. Queira ser sobretudo, sábio, pois o sábio é imune aos infortúnios do mundo agressor e cora suas palavras. O conhecimento é o processo de acumulação de dados; a sabedoria reside na sua aplicação.

 

Os portadores do conhecimento, são como obreiros da paz e de um mundo organizado, pelo menos assim deveria ser, portanto, os recursos adquiridos do conhecimento servirá para organizar o turno enquanto vida tanto do portador do conhecimento, quanto servirá para ajudar outras pessoas.

 

Existe, obviamente, um longo processo até se alcançar o conhecimento pleno, livre, dominante. O conhecimento vai chegar, no entanto, a sabedoria demora um pouco mais, porquanto ela depende de cada portador específico do conhecimento, no sentido de refletir sobre a vida e em como conduzirá sua vida em silêncio, avançando nos estudos e trazendo suas experiências peculiares. É bem complexo e difícil, nada de pensar ser simples, pois não é!

 

A única coisa que você precisa viver até alcançar o topo, é sua dedicação, amar o que estiver vivendo. Elege para si aquilo que amas fazer, deixa que ela te mate, viva por ela e por ela morra. É preciso fazer outras perguntas, ir além, ir atrás das indagações que produzem o novo saber, observar com outros olhares através da história pessoal e coletiva, evitando a empáfia daqueles e daquelas que supõem já estar de posse do conhecimento e da certeza. Temos que evitar o ego, demagogias inconsciente, logo a simplicidade abraçada com o silêncio gera, uma vida admirável e digna de apontamento sendo portanto, modelo de referência.

 

É muito bom quando você é solicitado por causa dos seus conhecimentos e pela sua simplicidade. O início da sabedoria é uma definição de temas, de como você quer viver, para onde quer caminhar sua vida. Todos nascem sem nenhum conhecimento, mas todos, ricos ou pobres, têm a capacidade de avançar no conhecimento quando em suas limitações, põem um propósito de vida em ação e buscam o conhecimento para vencerem a mediocridade na vida. Os líderes, por exemplo, deveriam servir de modelo de conhecimento a ser desejado, alcançado. O que é ser sábio? Talvez seja, cavar masmorras aos vícios e levantar templos à virtude. A mediocridade é como a morte da vida, mesmo vivo, isto é, viver sem propósito, sem adquirir conhecimento. Já passou da hora de pararmos com essa cultura da mediocridade em nossas ações e, vou além, somos estimulados desde nossa infância a buscar a mediocridade. Por exemplo, na escola, poucos são os alunos que lutam pela excelência e não se permitem tirar notas baixas. A maioria está feliz demais com notas apenas acima da média. Desde que dê para passar de ano, está bom.

 

Observo também que, quando se trata de trabalhar, muitos profissionais nivelam por baixo. A mediocridade se alastrou nas empresas. Os funcionários só fazem o que precisam fazer para manter seus empregos e pegam no pé de quem faz além da conta e procura ter um desempenho melhor, como se tal postura fosse "coisa de idiota".

 

O que a pessoa medíocre não percebe é que o reconhecimento que ela espera dos outros nunca vem justamente porque os outros notam que ela não faz nada além do necessário. Ela nunca é promovida, nunca sai do lugar na carreira, e não sabe por quê.

É muito comum os medíocres fingirem empenho para chamar a atenção de pessoas que poderiam ajudá-los a crescer na empresa. O que elas não percebem é que a excelência pessoal é uma postura íntima e isso transparece, dá para ver de longe, "só de olhar" dá para notar quem tem excelência e quem não tem. Não dá para fingir.

 

Neste sentido, o conhecimento se mostra presente com sabedoria, logo surge o destaque, aquilo que é diferente, quando se acha no meio dos medíocres, um que é diferente, que faz melhor, trabalha melhor e tem resultados muito acima da média, logo surge uma proposta de promoção, efetivação de cargos maiores. O conhecimento abre portas. Então você pergunta, como ter o conhecimento necessário para se ter oportunidades diferentes e melhorar de vida?



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Eu diria que começa pelos livros!!!

 

É na literatura, na filosofia, nos livros que se adquire conhecimento, experiência e repertórios, argumentos e ações transformadoras. Também é através da leitura de muitos livros que se fala melhor, onde o vocábulo se torna fino, rico em repertórios, bem como a dimensão de consciência se amplia, além dos limites em seus horizontes intelectuais anteriores ao saber direito nos livros; tudo muda. Portas se abrem, oportunidades surgem, sem falar que você passa a ser admirado por muitos e odiado por medíocres do vazio existencial. É questão de brio próprio, transformar a própria vida a partir de um propósito pelo futuro desejado. Neste sentido, existem algumas coisas a serem refletidas com muita paciência e atenção, que seriam : Cronograma, projeto de vida, meios para chegar lá, disciplina focado e muita paixão pela vida que deseja viver.

 

Viver através do conhecimento adquirido é muito bom, trás satisfação e identidade própria no espaço da vida, em todos os ciclos o conhecimento vai com você. Poderia ser ensinado nas escolas aos jovens e crianças, sobre a importância do conhecimento. Educar as crianças para que não seja necessário punir os adultos, pois a educação de qualidade gera conhecimento, conhecimento gera sabedoria, e, só um povo sábio pode mudar seu destino. Educação é aquilo que a maioria recebe, muitos transmitem e poucos possuem.

 

O conhecimento pode ser buscado em livros, cursos e pesquisas. Existe o conhecimento sobre a filosofia, que a título de exemplo, muda completamente a vida de quem a possui com equilíbrio e propósito. Há uma clara distinção entre conhecimento e informações, pois o conhecimento exige reflexão, enquanto as informações não exigem nada, apenas que a recebamos através da audição ou da visão. Ou seja, ser receptores de informações, isso o torna uma pessoa rasa, artificial e medíocre.

 

“Conhecimento” é um termo utilizado constantemente e está normalmente ligado à absorção de elementos novos, sendo eles contido no mundo das ideias ou no mundo sensível, no qual Platão subdivide as formas de compreensão. Entretanto, pode ser empregado em diferentes sentidos, e a filosofia, como área, percebe esse termo com peculiaridades não é único.

 


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Diversos filósofos da antiguidade tentaram conceber ideais e perceberam que “conhecimento” é um conceito amplo e pode ser discutido assiduamente.

 

Capacitados a pensar e refletir, até hoje nos questionamos o verdadeiro significado de “conhecimento”. A partir dessa própria concepção de que há uma verdade, encontra-se mais uma incógnita: o que é a “verdade”; qual o conhecimento que temos também sobre essa palavra? Horas à fio pode-se seguir nessas questões, mas antes precisamos observar o que nos foi deixado por aqueles que já tentaram dar a melhor definição possível do que é “conhecimento” e o que essa palavra contém em si.

 

Um apontamento interessante é percebido por Descarte, é que o homem busca o conhecimento de acordo com suas necessidades culturais, filosóficas, religiosas e intelectuais. Essas coisas influenciam o ser, tendencia-os.

 

A partir disso, o campo da filosofia entendeu que não há como o conhecimento ser único, advindo de um único lugar. Por este motivo e nesse caso, a filosofia compreendeu que possivelmente há mais tipos, mas enquanto isso, pode-se buscar compreender os que já estão “subdivididos” ou especificados.

O conhecimento filosófico é dito como ligado intrinsecamente a vontade de saber, ao amor pela sabedoria como o próprio nome Filosofia é definido, ao qual divide-se em seis grandes temas, a seguir:

 

a) A Metafisica: estudo do universo e da realidade;

 

b) Lógica: como criar um argumento valido;

 

c) Epistemologia: estudo do conhecimento e como o adquirimos;

 

d) Estética: estudo da arte e da beleza.

 

e) Política: estudo dos direitos políticos, do governo e do papel dos cidadãos;

 

f) Ética: estudo da moralidade e de como cada um deve viver.

 


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Você sabe o que é conhecimento científico?

Esse tipo de conhecimento é muito ligado à observação da natureza, seus fenômenos e a tentativa de reprodução de eventos seguindo “regras” ou passo-a-passos. Sendo assim, sempre a reprodução dos fenômenos deverá chegar ao mesmo resultado quando executada por outra pessoa que seguirá essa mesma receita.

 

Esses processos, todos descritos acima, tem um nome especial que colabora para a reprodução dos fenômenos acontecerem; ser obtida. O nome que se dá a esse monte de regras e passo-a-passos é método científico. Por não ser este o foco do trabalho, não iremos entrar em detalhes sobre o método científico, porém, podem me chamar no meu Facebook Nilo Deyson Monteiro Pessanha, que lá, posso lhe explicar com maiores detalhes.

 

Ao se tratar de conhecimento científico, precisamos nos recordar que ele adveio da necessidade que temos de explicar diversos fenômenos. Somado a isso, consegue-se compreender que este conhecimento se estabeleceu de modo intrínseco ao ser humano; tornou-se algo muito humano e essencial para estes. Portanto, poucos são os que adquirem um conhecimento científico do qual ele domine plenamente, mas não pode de forma alguma, ser deixado de lado por achar ser difícil e complexo, afinal, tudo é muito complexo e difícil, nada é simples ou fácil de ser explicado, nem mesmo uma "simples " gota d'água.

 

O conhecimento serve para encantar e não para humilhar ou rebaixar alguém que sabe menos, afinal, as únicas diferenças entre um advogado e um catador de reciclagem, por exemplo, são as quantidades de informações adquiridas pelo estudo, contudo, ambos são iguais. Você deve se lembrar que eu registrei acima, o fato de que, quando encontrardes um coração humano sejamos nós, também, um simples coração humano? Pois bem, é exatamente no encontro entre um advogado e um catador de reciclagem, por exemplo, é que se deve ser praticado o humanismo, a empatia e o encantamento entre dois extremos, dois universos diferentes. Inclusive, aproveitando o ensejo, faço um pedido aos amigos leitores aqui do PORTAL LÍDERES, que pratiquem a tolerância para com a diversidade, o respeito pelo diferente, pois estamos em um mesmo universo para contribuir um com o outro aquilo que de melhor há em nós.

 

Clarice Lispector, grande escritora nascida na Ucrânia e que viveu no nosso país, tem uma frase magnífica que, sintetizada, dizia: “O melhor de mim é aquilo que eu não sei”. Isso significa que aquilo que eu não conheço é a minha melhor parte. Porque aquilo que eu já sei é mera repetição. Aquilo que eu não sei é o que me renova, o que me faz crescer. O conhecimento é algo que reinventa, que recria, que renova.

 

Essa noção é importante, pois estabelece a natureza da nossa relação com o conhecimento e suas nuances. O gênio, por exemplo, não é aquele que julga já saber. Gênio é aquele que sabe que não sabe tudo e continua na busca do saber. Gênio é aquele que se faz. O gênio não desiste de conhecer. Cuidado com gente que acha que já sabe, que acha que já conhece. Cuidado com gente que acha que o conhecimento é algo a ser concluído.

 

Há final, para que serve o conhecimento? Qual é o poder do saber? Não podemos perder a perspectiva de que a finalidade do poder é servir. Servir à vida, servir a uma comunidade, servir às pessoas. Todo poder que, em vez de servir, serve a si mesmo, é um poder que não serve. O poder da informação, o poder da ciência, o poder da arte é servir.

 

O que fazemos com o poder do nosso saber? Nós repartimos, partilhamos, o usamos para crescer? Ou eventualmente o utilizamos para dominar? Para tornar o outro ser humano menor? Para diminuir a vida?

 

Conhecimento tem a finalidade de servir à vida. Mas à vida de quem? De todas e todos. À vida coletiva.

 

Portanto, é sim importante adquirir o conhecimento, porém, de mãos dadas com a sabedoria que engloba todas as características do humanismo. Particularmente, eu, Nilo Deyson, como Filósofo e pesquisador, procuro sempre em meus trabalhos, periodicamente apresentar

Uma consciência de que você, amigo leitor, é muito mais do que um número na multidão, muito mais do que um simples ser humano. Faço isso exatamente para melhorar a vida das pessoas, pois todos são extremamente valiosos e importantes para a diversidade no universo.

 

Quase tudo quanto existe no mundo já foi explorado, se não foi, um dia será, então o que se deve refletir é em saber para onde tenho minha inclinação? Quem deseja conhecer o universo da astrologia, deverá estudar o tema, quem porém tiver inclinação aos estudos científicos, cosmológicos, filosóficos, físicos entre outros, deverá dedicar-se em saber direito aquilo, e sobre isso deverá ter o domínio no futuro, para assim, se tornar uma referência.

 

Não é novidade para ninguém, que estamos diante de um turbilhão de informações, até mesmo este meu artigo, não sei por quantas pessoas será lido, pois estamos como quem disputa o tempo da outra como atenção, e, neste sentido, de fato, não é fácil tirar alguém de seus afazeres ou de seu tempo livre, para ficar lendo aquilo que escrevemos, pois temos a noção e consciência de que, no futuro, a fama durará apenas por 15 minutos. Assim sendo, diante de tantas informações, devemos tomar o cuidado para não nos tornarmos rasos, artificiais em nossos conhecimentos. É preciso espírito de liderança, de grandeza, afinal, somos parte de alguma coisa maior do que nós, isto é, Deus. Inclusive, leiam o que diz na sua Bíblia, em Provérbios capítulo 3 versículo 13; bem como em Provérbios capítulo 2 versos 4 ao 6. Leiam em suas bíblias agora, vai lá, reflita e volte aqui no conteúdo exclusivo que fiz para você mudar sua vida.

 

É importante destacar que, ao terminar de ler um artigo como este, você faça anotações para iniciar novas posturas e condutas, afinal, mudança de vida é ação sobre o que se aprendeu daquilo que se leu. Obviamente, a memória só armazena tópicos e pontos épicos, que aparecem quando tentamos lembrar daquilo que lemos, mas não se preocupe, o artigo presente estará aqui, ao acessar o Portal Líderes ou ao pesquisar no Google o título deste artigo colocando o nome do autor Nilo Deyson. O atrativo do conhecimento seria pequeno se no caminho que a ele conduz não houvesse que vencer tanto pudor. Um dos benefícios do conhecimento é que ele implica em poder. Assim sendo, portas se abrem, oportunidades surgem e o sujeito de fato muda de vida.

 

Como estamos em um mundo de muitas possibilidades e conhecimentos diversos, podemos escolher para onde ir, porém, quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho te serve. Grandes Filósofos foram portadores do conhecimento, basta você ler sobre suas obras e pensamentos, você encontrará um oceano gigantesco de conhecimentos e sabedoria, isso não é exclusividade dos Filósofos, mas também acontece com sociólogos, teólogos, professores, médicos, advogados, juízes entre outros. O que eu quero dizer é que, todos podem sim, ricos ou pobres, adquirir conhecimento com os recursos e limitações que possuem hoje.

 

Um dos grandes pensadores do conhecimento foi Nietzsche, Filósofo Alemão. Anunciar ao homem que o conhecimento integral do mundo lhe está vedado: esta a base sobre a qual se ergue a filosofia de Friedrich Nietzsche. Seu pensamento é uma forma de conviver com tal condição de encobrimento e de vedação ao ser e aos reais fundamentos e causas da vida humana – sem, em geral, apelar a qualquer solução metafísica. O filósofo alemão não recorre a soluções que clamem pela instituição de um mundo inteligível que se pudesse estabelecer contra um mundo sensível. Em sua filosofia, vista como um todo, ainda que este “todo” seja de dificílima sistematização, a dicotomia aparência/essência é refutada. Apesar de Nietzsche propor, em uma de suas últimas obras, a abolição completa dessa relação, pode-se dizer, para efeito de maior clareza expositiva, que toda sua filosofia repousa, ou pretende repousar, sobre uma das metades dessa dicotomia – a que diz respeito à aparência.

 

A partir da constatação de que há uma impossibilidade de acesso a qualquer espécie de objeto que exceda os limites da razão humana, em Nietzsche é possível encontrar uma alternativa que se configura em uma resistência a tal condição – alternativa que se poderia chamar de “vontade de ilusão”. Essa alternativa não chega, porém, a configurar um conceito firme – como é constante na obra do filósofo, sempre avesso a uma tentativa mais rigorosa de definir claramente os termos sobre os quais trabalha –, mas se caracteriza, grosso modo, como uma tentativa de solução que visa, nos extremos, tanto a tolerar quanto a celebrar a vida dentro de seus limites sensíveis e biológicos, em contraposição aos limites, ou melhor, à ausência de limites relacionada a mundos inteligíveis e puramente metafísicos. Em primeiro plano tem-se, então, o viver governado por uma ética voltada à própria vida, ao fenômeno, à aparência (o termo “aparência” como sinônimo de fenômeno, à luz da filosofia de Nietzsche, radicaliza a distinção entre essência e aparência, pois toma o termo não como sendo “aparência de alguma essência”, mas como a única possibilidade aberta à percepção e ao conhecimento humanos.  “Aparência” é, portanto, aqui, algo que dispensa a antonímia expressa em “essência”). Descarta-se, assim, elevar o conhecimento humano a uma esfera desconhecida e metafísica. Pois bem, se formos entrar a fundo em Nietzsche, teremos muitas horas de leitura, no entanto, deixo que você possa depois comprar livros dele para ler com maior profundidade seus pensamentos.

 

O fato é que, todo aquele que dominar um saber específico, não deve pensar que descobriu o mundo ou uma nova idéia; pois tudo quanto for uma novidade para o pesquisador ou estudante, aquilo já foi explorado em outros tempos e vai continuar sendo pesquisado em dias da atualidade, se já não estão sendo. Você não encontrou nada revolucionário, apenas repete de forma diferente, aquilo que já foi discutido de outras formas e em diversos momentos, aqui e em lugares no tempo e época específica. Tudo muda, obviamente que muitas coisas do passado não servem para os nossos dias, como por exemplo, acreditar na mitologia, mas houve tempos na terra em que ela foi uma religião. Tudo muda, se moderniza, dá lugar, se retira, tudo muda na chegada do conhecimento.

 

Quando você adquire domínio sobre um conhecimento, você possui autoridade para tirar do lugar aquilo que se fazia ser sem ser, logo a verdade anula a falsa verdade. É interessante observar pessoas sem qualificação, se fazendo passar por um portador de conhecimento, contudo, quando posto à prova, revelado fica sua falta de conteúdo, sua razoabilidade, artificial e medíocre, isso é vergonhoso para quem tenta se passar por inteligente sem ter conteúdo de domínio sobre o que se diz ser.

Se optar pelo prazer do conhecimento prepare-se para sofrer. Quer menos dor? Vá. Seja parte da massa. Assim vive a maioria, robotizados no automático da rotina de uma vidinha sem graça e desinteressada. Por outro extremo, quem tiver o afã de crescer, deverá eliminar os interstícios no vazio existencial e preenche-los com aquilo que eleva o seu nível intelectual, isto é, ler livros, pesquisar, estudar, se aperfeiçoar sem apear-se de nenhuma etapa do processo.

 

A sabedoria é um paradoxo. O homem que mais sabe é aquele que mais reconhece a vastidão da própria ignorância que possui, sabedor de que no oceano do conhecimento, tudo quanto ele ainda não sabe, já existe, no entanto, não o foi ainda revelado até que haja o encontro entre o ser e o nada, logo surge o espanto para com o inédito, aquilo que é novo, diferente. Quanto mais se conhece mais se descobre que nada se sabe. Saber é ter tido a coragem de entrar no oceano, seja com canoa ou nadando, pois muitos não conseguem recursos para entrar de navio, muitos até entram nadando, tudo para alcançar o máximo de conhecimento. É duro, difícil, sacrifício, noites de estudos, madrugada à dentro lendo e pesquisando. Tudo isso faz parte do processo de crescimento no deserto, na solidão, sozinho.

 

Porém, quando se ganha corpo, se toma uma tonalidade, uma postura firme, logo é vista a diferença entre o antes e depois do conhecimento adquirido. A aparência do conhecimento é a verdade dos fatos explicados com referências, mudança de oratória, linguagem coloquial específica do conhecimento dominado, posto para se debruçar exploração do mesmo.

 

Não é difícil de compreender os benefícios de se possuir conhecimento. O silêncio faz parte dos homens livres e de bons costumes, possuidores do conhecimento. Isso se dá por naturalidade, uma vez que, quando lemos muitos livros durante muitos anos, nos tornarmos mais seletivos em tudo, inclusive em abrir a boca, porque não queremos de forma alguma, jogar pérolas aos porcos. A palavra possui um poder muito grande de atrair ou afastar, e o primeiro e principal critério para abrir portas e criar oportunidades, é não usar a palavra, mas sim, usar o silêncio.

 

Quem estiver focado, não terá tempo para fofocar, ficar jogando palavras ao vento, contudo, na hora em que abrir a boca para falar, daquela boca sairão não palavras, mas sabedoria e ensinamentos desinteressado do ego, sem pretensão ou vaidades esdrúxulas. Ao contrário, o conhecimento trará admiração e o desejo de ser igual. Os maiores homens do mundo não são os milionários ou empresários bem sucedidos. Os maiores homens do mundo são os que tendo o conhecimento, não fazem alardes, são discretos, simples como a pomba e possuem visão de águia, portando são o sal da terra.

 

O conhecimento deve ser praticado, porém, quando você for pesquisar, estudar um conhecimento, é preciso ir à fundo, sacudir as evidências, sacudir aquilo que é familiar, aquilo que você está acostumado a ver e nem percebe, que pode ser óbvio para você mas que precisa ser problematizado. A própria filosofia faz problematizar as estruturas que se mostram como verdades absolutas e fontes do conhecimento. Cautela, cuidado com os conhecimentos que se apresentam como verdades. É necessário ter fontes confiáveis e duvidar até delas, investigar até o mais confiável tipo de estrutura. Fazer como uma sindicância, pesquisar profundamente.

 

A função da filosofia, segundo o que eu, Nilo Deyson penso, além de organizar o turno enquanto vida, ela serve para tornar visível o que é visível. A única espécie de curiosidade que vale a pena ser praticada com um pouco de obstinação, não aquela que procura assimilar o que convém com aquilo que acha ser, mas a que permite separar-se de si mesmo. Mas o que é filosofar hoje em dia se não o trabalho crítico do pensamento sobre o próprio pensamento?

 

Se não consistir em tentar saber de que maneira e até onde seria possível pensar diferentemente, ao invés de legitimar o que já se sabe!

 

Existe sempre algo de risório no discurso filosófico quando ele quer, do exterior, fazer a lei para os outros, dizeres onde está sua verdade e de que maneira encontra-lá. Mas é o seu direito explorar o que pode ser mudado no seu próprio pensamento através do exercício de um saber que lhe é estranho.

Precisamos desfamiliarizar aquilo que é tão óbvio, tão básico para nós, que você nunca pergunta:  " Como? Isso tem uma história?"

 

O conhecimento emprega seu portador quando este toma posse da verdade ou do espírito de pesquisa. No mundo, muitas verdades são estórias ao invés de história. Muito gato é lebre. A loucura da história existe em diversas estruturas, como por exemplo, nas religiões, nos sistemas políticos, na estrutura de uma sociedade como um todo, desde suas tradições e culturas até supostas verdades que substituem outras antigas verdades. A vida é um teatro organizado.

 

Ao longo da humanidade, muitas histórias são mitos, nunca aconteceram ou aconteceram bem diferente do que a tradição prega. A história da loucura existiu e existe em muitas das estruturas que temos hoje. Para se entender como se constituem os sujeitos em nossa sociedade, precisaríamos analisar uma complexidade de fatores. Existem prisões que impedem os seres humanos de terem acesso ao saber direito, logo vivem essas pessoas em uma servidão voluntária inconsciente. Prisões e punições apequenam a vida de quem não busca a própria liberdade pelo conhecimento.

 



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Eu indico aos amigos leitores, que leiam também, livros que tratam sobre o tema: Epistemologia (teoria do conhecimento).

Isso te dará também uma incrível visão de mundo no sentido de saber coisas infalíveis ou impensáveis, mas que te servirão como recursos na construção do conhecimento.


"Você precisa saber como é possível o conhecimento correto!"

 

Enfim, vou deixar que você refletir sobre tudo que leu, no entanto, existem centenas de outros temas que eu não coloquei aqui, mas que fazem parte da pesquisa, não coloquei exatamente para que você exercite o raciocínio e busque sozinho em pesquisas, tudo quanto puder ser agregado ao que deixei registrado aqui.

 

" É preciso um conhecimento considerável apenas para perceber a extensão, dimensão da própria ignorância. Se a imaginação for mais importante que o conhecimento, a história da loucura ganha corpo. Seletivo sou, Ignoro tudo que não me encanta, troco pelo que exprime a razão que compreende na minha linguagem, isso eu efetivo porque um conhecimento determina um objeto por percepção, o decisivo indispensável. "

 


Autor.:

 

Nilo Deyson Monteiro


Filósofo - Escritor  - Poeta  - Colunista e Palestrante. 
Imortal Acadêmico das Academias de Letras ALB ( Academia de Letras do Brasil seccional Campos dos Goytacazes RJ) APLA ( Academia Pedralva Letras e Artes) NAISLA ( Núcleo Acadêmico Italiano di Scienze, Littere e Arti.)




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