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Mitologia para dias atuais

 
Crédito de imagem: br.freepik/rawpixel

Na história do pensamento ocidental, a filosofia nasce na Grécia por volta do século VI a.C. Geralmente, caracteriza-se o início da filosofia quando o fenômeno da vida, além de uma explicação mítica, recebe também uma explicação racional. No entanto, não foi uma descoberta repentina: ela é fruto de um longo processo histérico afirmação do valor da razão como critério para interpretar o mundo.




Olá, amigo leitor do Portal Líderes!


Neste artigo, eu trago um conteúdo importante para você refletir e saber como poderá utilizar esse conhecimento no dia a dia. Fique atento na leitura.



A humanidade primitiva ( pode-se verificar em todos os povos) contentava-se com explicações míticas para qualquer problema. Assim, à pergunta por que trovejar? , respondia: porque Júpiter está encorelizado; à pergunta por que o vento sopra, respondia: porque Éolo está enfurecido. À nós modernos, estas respostas parecem simplistas e errôneas. Historicamente, contudo, elas têm uma importância muito grande porque representam o primeiro esforço da humanidade para explicar as coisas e suas causas. Sob o véu da fantasia, há nessas respostas uma autêntica procura das causas primeiras do mundo. A Filosofia também observa as causas primeiras com muita produtividade no sentido de trazer à luz do debate, questões importantes.



A consciência racional ou filosófica, novo elemento ou forma de explicação e organização da vida, não surgiu instantaneamente. Ela coexistiu com a explicação mítica na sociedade grega. Durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilhavam diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a filosofia.



Os primeiros filósofos, assim como Homero e Hesíodo, buscam uma explicação para a relação entre o caos e a ordem do mundo.



A maneira de entender essa relação é que muda. Enquanto o poeta vê os deuses como os responsáveis por tudo o que existe e acontece, os antigos pensadores preferem partir das formas da natureza ( Terra, água, ar…) para entender a vida.



O discurso mítico-poético já não mais satisfaz a esta exigência, entra em crise, emergindo o discurso racional ( episteme, no sentido grego) como discurso capaz de elaborar o instrumental teórico-conceptual exigido para responder criticamente a tais questões fundamentais. Desta ruptura entre o saber mítico e o saber racional surge a filosofia. E, diferentemente do discurso mítico-poético, o discurso racional pode ser questionado, reelaborado, reinterpretado e criticado. O que caracteriza, portanto, a origem da filosofia ou do espírito filosófico, é o gradativo abandono das explicações a partir do sobrenatural ( mitológico) e o fortalecimento das explicações racionais ou humanas. Para Anaxágoras, "tudo era caos até que surgiu a mente e pôs ordem nas coisas ".



Associa-se, muitas vezes erroneamente, o conceito de mito à interpretação mentirosa, ilusão, fantasia. No entanto, como Filósofo eu digo que é preciso cautela, deve-se perceber que o mito foi uma primeira atribuição de sentido ao mundo, uma forma de interpretar o passado e o presente, sobre o qual a fé e a imaginação exerceram enorme influência. Hoje, o mundo continua a se perguntar sobre as mesmas questões que os mitos tentaram responder do seu modo.



São praticamente as mesmas questões. Uma curiosidade também está na criação da do planeta segundo a bíblia, que parece um plágio das antigas literaturas gregas e de outros povos da mitologia, como por exemplo, a caixa de pandora.




Vale refletir suas crenças e pesquisar tudo sobre ela, para ver se ainda faz sentido seguir fiel ao que reza tal história.



Vamos retomar o raciocínio.


O fenômeno da vida, que se repete e se renova de tempos a tempos, impressionou o homem de todas as culturas, porque lhe propunha o problema de sua própria existência. Mesmo hoje em dia, apesar do progresso da ciência, o homem moderno não deixa de indagar sobre o significado último de sua vida. Se já os fenômenos inorgânicos, como o sol que surge no céu, a chuva que cai sobre a terra, as fases da lua, o movimento dos astros, não deixam de suscitar uma profunda interrogação sobre a razão suprema que rege o cosmo, quanto mais o fenômeno da vida, que anima a matéria, dotando-a de certa autonomia, no crescimento, no desenvolvimento, na reprodução, não provocaria um sentimento de respeito e temor perante uma natureza dotada, em seu conjunto, de uma força tão complexa, poderosa e sábia?



Os mitos estão presentes em todas as culturas. Leiam sobre as antigas crenças, filosofias e religiões na Ásia, na África e em alguns países da Europa, muita riqueza histórica será encontrada, e isso fazia sentido para eles naquela época da história da humanidade. Apresentam-se também sob formas diferentes ( narração, contos, lendas). O mito não é característica exclusiva dos povos primitivos. Existiu em todos os tempos e culturas como elemento cultural e forma de compreensão da realidade, buscando respostas às perguntas mais profundas e angustiantes: origem do ser humano, seu destino, o mundo, o além.



Em sentido moderno, é uma realidade muito positiva: é uma das maneiras com que o ser humano expressa sua forma de viver, individualmente ou em coletividade, e de sua relação com o mundo e o sobrenatural. O que se faz necessário então é a desmitologização, ou seja, buscar o sentido que está subjacente aos relatos míticos.



 Não é seguro que nós modernos, com nossa inteligência instrumental, com toda nossa tradição de pesquisa empírica, de crítica e de acumulação de saberes sobre praticamente tudo, conheçamos mais o ser humano que os antigos formuladores de mitos. Estes se revelaram observadores meticulosos e sábios exímios de cada situação é de cada obra da existência. Convém revisitá-los, valorizar suas contribuições e escutar suas lições, sempre atuais.



A palavra grega mythos significa narrativa, relato, mensagem, palavra. Trata-se de palavras que narram a origem dos deuses, do mundo, dos seres humanos, das técnicas ( fogo, caça, pesca, artesanato, guerra…) e da vida social. Pode-se afirmar que mito é uma narrativa tradicional de conteúdo religioso, que procura explicar os principais acontecimentos da vida por meio do sobrenatural. 



O conjunto de narrativas desses tipos e o estudo das concepções mitológicas encaradas como um dos elementos integrantes da vida social denominam-se Mitologia. No entanto, os mitos são mais do que uma simples narrativa. Através deles os seres humanos organizam a realidade e a interpretação, dão sentido ao mundo. É na mediação simbólica entre o sobrenatural e o humano, uma forma de interpretar e dar sentido ao mundo e às relações entre as pessoas.



Os mitos são linguagens para traduzir fenômenos profundos, indescritíveis pela razão analítica. Como falar do enamoramento, do amor, do cuidado essencial, da traição da pessoa amada, das crises da vida, das doenças incuráveis, do nascimento e da morte senão com emoção, contando estórias exemplares?



"Os conceitos abstratos e frios não conseguem traduzir as cores da realidade. Não geram figurações na imaginação."



O mito não obedece à lógica da verdade racional ou científica. Ele transcende a experiência imediata, o senso comum e a razão. Crê-se no mito sem necessidade de demonstração. É verdade intuída, que não necessita de provas para ser aceita.



O mito exerceu , entre os povos antigos, três funções principais: religiosa, social e filosófica. A mitologia esteve no centro do pensar das crenças e do poder, por milênios de anos. Devemos respeitar a história. Primeiramente, o mito é o primeiro degrau no processo de compreensão dos sentimentos religiosos mais profundos do ser humano; é o protótipo da Teologia. Mas, ao mesmo tempo, ele é também aquilo que assinala e garante o pertencer a um grupo social e não a outro, pois pertencer a este ou àquele grupo depende dos mitos particulares que alguém segue e cultiva.



Finalmente, o mito exerce uma função semelhante à da filosofia, enquanto apresenta o modo de autocompreender-se dos povos primitivos. Enfim, a mitologia importa. Se você ler, estudar e pesquisar, vai se deparar com histórias mais antigas que a bíblia sagrada e se comparar alguns textos bíblicos encontrará plágios que foram utilizados das antigas literaturas anteriores à criação da bíblia, como a criação em Adão e Eva e comparando a antiga mitologia que fala da caixa de pandora, por exemplo.



Enfim, fiquem a vontade para pesquisarem e ler. Uma outra dica: visite minhas publicações aqui no Portal Líderes ao clicar nos links abaixo.




Autor.:
 

Nilo Deyson Monteiro


FILÓSOFO, ESCRITOR & POETA - Acadêmico da Academia Pedralva Letras e Artes, ocupante da cadeira n°17 🖋🌿📚⚖ - pesquisador e colunista.
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E-mail Oficial.: dyson.11.monteiro@hotmail.com


         



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