Conhecimento em psicologia humana, social e pessoalidade
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Crédito de imagem: PL7DIGITAL |
A baixar grátis - E-Book - psicologia social e pessoalidade
Este livro apresenta onze ensaios que exercitam a analítica de nossos
modos humanos de viver. Ou seja, não se trata apenas de buscar as várias
maneiras de conceituar o ser humano, mas de ver nas palavras/saberes as
ações/fazeres que juntos se materializam no efeito de ser pessoa.
Todos os textos são de autoria de doutorandos do Programa de Pós Graduação
em Psicologia Social da PUC-SP, que aceitaram o desafio de
escrever sobre a noção de pessoa ou acerca dos modos de subjetivação que
permeavam suas pesquisas.
Tal proposta feita por Mary Jane Spink indica
não só a sua apreciável capacidade de trabalho na parceria de estudos e
pesquisas com temas-estampas tão diversificadas, mas também aponta seu
dedo concedendo a bordados tão diferentes uma postura teóricometodológica
que procura as condições de produção de algo, isto é, as redes
que constituem modos de viver humanos. Sobretudo, os ensaios são reunidos
em torno de uma prática que sempre esquadrinha a desfamiliarização crítica
do que se torna trabalho de pesquisa.
Podemos falar que são ensaios sobre regimes de ser pessoa que colocam em ação, pessoas jurídicas, pessoas de gênero, pessoas de direitos, pessoas de deveres, pessoas de sexo, etc. Vivemos a era dos regimes em que nos é proposto que cuidemos de nosso “si mesmo” encontrando a “direção ideal” para que possamos suportar o peso da vida.
A isso se costuma chamar
“qualidade de vida”. Com efeito, não faltam dispositivos para nos indicarem
os regimes que devemos seguir. São “regimes de verdade” localizados
historicamente e constituídos em jogos de saber-poder:
“Cada sociedade tem
seu regime de verdade, sua política geral de verdade” (Foucault, 1985, p.12). 1
As relações de poder disciplinar estabelecidas em nossas sociedades são
positivas, na medida em que instituem e criam espaços, arquiteturas, cidades,
sociedades, corpos, além das individualidades:
As pessoas, os sujeitos em processos de subjetivação. O poder despersonalizado, anônimo, pode personalizar nos tornando alguém-pessoa.
As pessoas, os sujeitos em processos de subjetivação. O poder despersonalizado, anônimo, pode personalizar nos tornando alguém-pessoa.