A retomada às aulas e as incertezas dos profissionais da Educação
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Crédito de imagem: br.freepik |
Esse desconforto é compressível, visto que todo o ambiente escolar, desde os prédios, espaços, as
turmas e salas de aula, a ludicidade, o currículo e o trabalho realizado pelos
professores, promove o que hoje é tido como aglomeração.
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A retomada às aulas e as incertezas dos profissionais da educação 2021 |
Se pararmos para refletir,
os protocolos de saúde além de irem contra a estrutura das unidades escolares,
o distanciamento consiste em algo que surte efeito no desenvolvimento dos
estudantes principalmente na educação infantil e séries iniciais.
E de repente temos
crianças que não podem nem se tocar nem interagir, com professores que também
não podem tocá-las, onde o contato humano sempre visto como primordial hoje se
torna proibido, é uma situação
absolutamente contrária às necessidades de desenvolvimento da criança.
Diante de todo esse
dilema, não é simplesmente para as famílias e a sociedade se acostumar com o
retorno das aulas, mas sim colaborarem na árdua tarefa de reinventar uma nova
escola que garanta as condições saudáveis nesta fase de pandemia que não está
encerrada.
Os professores, ao
contrário do que muitos pensam, não estão retornando das férias; eles estão
exaustos e com uma sobrecarga emocional e alta demanda de trabalho que também
se torna um grande desafio para que a educação retome mesmo que em pequenos
passos.
Ocorre que os
profissionais da educação não poderão dar conta da pandemia sozinhos e que, se
tem coisas que podem fazer, tem outras que não são possíveis, pois dependem
única e exclusivamente da colaboração da sociedade.
Mais do que nunca, pais e
escolas precisam estar unidos para que as futuras gerações sofram o mínimo
possível o prejuízo educacional e evolutivo que a pandemia tem causada, e para
isso, é urgente que a sociedade se conscientize que ainda estamos numa
pandemia, os hospitais ainda continuam cheios, é necessário o uso da máscara e
a adoção de todos os protocolos de higiene como o uso do álcool em gel,
distanciamento, uso de materiais individuais.
Nesses primeiros dias de aula, notei que realmente nossas crianças estão dando um show de cidadania obedecendo todos os protocolos e mesmo num momento tão difícil, se preocupam com o próximo e nos trazem esperanças; mas o que mais me preocupa, é o pai que desce do carro sem a máscara, ou o que acabou de sair de um barzinho e foi buscar seu filho, ou simplesmente pais que ainda negam que a pandemia existe. Respeitando qualquer tipo de credo ou posicionamento, peço que respeitem a posição dos profissionais da educação. Eles estão lá com o coração aberto ( e sem prioridade nas vacinas) para que nosso futuro tenha algum sentido e seja melhor. Usem máscara, sejam exemplos. Se as escolas começaram a fechar, não são os pais que vão perder, são os alunos que vão sofrer na pele o grande prejuízo e atraso cognitivo.
Vamos ser mais humanos.
Preservemos a nossa espécie, a começar pelo futuro.
Não será uma “retomada de onde paramos”. O plano de ações deve contemplar diversas frentes e demandará intensa articulação e contextualização local.
O contexto da pandemia criou um cenário emergencial e completamente novo, que deixará marcas a médio e longo prazos e exigirá cuidados inéditos, como o retorno gradual das aulas, levando em conta as orientações para a saúde e o bem-estar social.
Além da redefinição do calendário escolar, o plano de retomada deve observar três questões essenciais:
(1) Retorno gradual, atento à saúde emocional e física da comunidade escolar;
(2) Avaliação diagnóstica imediata para identificar os diferentes níveis de aprendizagem dos estudantes no retorno às aulas e programas de recuperação da aprendizagem;
(3) uma comunicação mais frequente com famílias.
Boa Leitura!!
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